sábado, 7 de janeiro de 2012

Quando chove
Eu só quero abrir janelas
Deixar a casa alagar

Descalço,
Pelado,
Acabado contra o marmóre frio;

O passado se espatifa em mil goticulas contra a parede.
Exagero em cada lembrança;
Sofrimento,
Desespero. Será que já foi bom?

Quando chove
Eu só quero aprender a dançar
Eu ligo a bossa favorita lá longe e então

Ecoa,
Reverbera,
Vai e volta, me arrepia
Eu sonho com o palco, com uma breve companhia,

Minha,
Sozinha. . .

Melhor sem companhia.

Devaneio louco de sempre, nostálgica solidãoindecisãofuturo.

medomedomedomedomedomedo

Sono,
Durmo.

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